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Arquitetos: Estúdio Cidade
- Área: 1060 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Keniche Santos
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Fabricantes: CB metal, Cia Luz, Cremme, DVB vidros, Ecodomos, Fernando Jaeger design, Líder Interiores, Marmoraria Sertanezina, Matisse marcenaria, Portobello Shop, Sulmetais, Tecnogran, Tidelli
Descrição enviada pela equipe de projeto. No projeto em questão, fizemos um novo edifício administrativo para a Base Compartilhada de Combustíveis Ribeirão Preto. A nova edificação da Base se desenvolve através de dois pavimentos. O pavimento superior abriga 12 salas comerciais, recepção e banheiros e o pavimento inferior, área de convivência, área técnica e depósito - além de uma área coberta prevista para uma expansão futura caso haja necessidade.
O espaço reservado para essa ampliação ficava logo na entrada do complexo, em uma porção de terreno triangular, com um declive que fazia a conexão entre o edifício administrativo existente e a via de passagem dos caminhões para carregamento. Além da irregularidade do terreno, o projeto teve outras condicionantes iniciais, como a pré-existência de grandes árvores espalhadas por todo o terreno de forma aleatória, a incidência solar no local que provoca um ofuscamento visual nas salas existentes, e a necessidade de propor uma construção que tivesse um baixo custo. Com isso, a implantação da edificação no terreno foi definida com base na insolação que incidiria nas salas e da relação que a edificação teria com o seu entorno.
A estrutura escolhida para conceber a construção foi a pré-fabricada em concreto. Como opção projetual, decidimos manter aparente a estrutura e valorizar sua estética por meio de um projeto industrial. Os pilares da edificação se projetam para frente do volume que, juntamente com as vigas superiores caracterizam os pórticos da fachada. Os pórticos também contribuem para reduzir a incidência solar direta nas salas.
Como premissa de projeto, trabalhamos a relação das áreas de praça e de jardim com a edificação e principalmente com as áreas comuns do edifício, de forma ampliar a sensação do espaço e deixar ela mais agradável com a vegetação do entorno. A vegetação existente no local foi realocada de forma a compor a praça e o desenho do piso surgiu de forma natural, guiando os caminhos que já existiam no local e se adequando de forma harmônica com a topografia da praça. A criação de uma área verde e de áreas de convivência em uma base de combustíveis para melhorar a vida dos funcionários foi pioneira nesse tipo de construção.
No térreo, a planta das áreas comuns foi pensada com mobiliários flexíveis de forma que possibilitassem mudanças e rearranjos do layout conforme os usos e necessidades.
No primeiro pavimento, o corredor que distribui o fluxo das salas ganhou uma iluminação zenital - criando uma sensação de amplitude do espaço - e um forro metálico ripado, que filtra essa iluminação e guia o fluxo do transeunte que adentra a edificação.